O chefe do Governo de Macau visitou esta quinta-feira a zona de administração da fronteira do território na ilha artificial da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, depois de o Conselho de Estado chinês ter autorizado a entrega da zona às autoridades locais.

A cerimónia oficial de entrega decorreu pelas 00h00 (16h00 em Lisboa), com a presença das autoridades de Guangdong (sul) e da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), de acordo com um comunicado do gabinete do porta-voz do Governo. A entrega foi já publicada no boletim oficial do território.

Obra prioritária para as autoridades de Macau, a zona de administração da fronteira da nova ponte é também uma infraestrutura fundamental para a sua participação na iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota” e na integração na Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

Chui Sai On sublinhou “a importância da cooperação entre os serviços e do ajustamento dos recursos humanos” para se prosseguir com os trabalhos de inspeção, “nomeadamente com a agilização dos procedimentos de passagem na fronteira de cidadãos e turistas”, de forma a garantir uma melhor coordenação com o início do funcionamento da nova ponte, ainda sem uma data oficial.

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Na visita participaram também o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, o secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário, o comandante-geral dos Serviços de Polícia Unitários, Ma Io Kun, e o diretor-geral dos Serviços de Alfândega, Vong Iao Lek.

O governo da RAEM, agora com a jurisdição sobre a zona, vai coordenar a futura abertura da zona ao público com a inauguração da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau.

A zona de administração do posto fronteiriço da ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau começou a ser construída em dezembro de 2016, numa área de implantação superior a 71 hectares. Além do edifício do posto fronteiriço, a zona integra dois parques de estacionamento, com mais de seis mil lugares para automóveis particulares e dois mil para motociclos, uma rede viária de cerca de dois mil metros quadrados, túnel, viaduto e plataforma para a estação de metro ligeiro, entre outras infraestruturas.

A ponte vai reduzir o tempo de viagem entre Hong Kong e Zhuhai, adjacente a Macau, de três horas para apenas 30 minutos, aumentando a integração das três cidades do Delta do Rio das Pérolas. É também considerada uma das infraestruturas vitais na construção da rota da seda marítima do século XXI, que pretende redesenhar a economia global.

De acordo com estimativas das três regiões, o volume diário de tráfego na ponte deverá atingir os 29.100 veículos em 2030 e 42 mil em 2037, enquanto o volume diário de passageiros poderá rondar os 126 mil e os 175 mil, respetivamente.