O Ministério Público espanhol está desde quinta-feira a tentar perceber as possibilidades de poder vir a pedir a extradição de Carlos Puigdemont, caso o presidente destituído do Governo catalão venha a deslocar-se para a Suíça como pretende. A Suíça está a ser consultada pelo Ministério da Administração Interna, cuja colaboração foi solicitada neste caso.

As diligências aconteceram depois de o Ministérios Público ter tido conhecimento dos planos de Puigdemont e a sua ex-conselheira Meritxell Serret — ambos refugiados em Bruxelas desde outubro de 2017 — para se deslocarem, este domingo, até Genebra para participarem no Festival de Cinema e de Direitos Humanos e para participar no Fórum dos Direitos Humanos das Nações Unidas.

De acordo com a agência noticiosa espanhola EFE, o procurador-geral pediu que se façam “as gestões necessárias com as autoridades competentes da Suíça com o fim de determinar a viabilidade da detenção dos fugitivos e de os reclamar para efeitos da sua extradição”.

O pedido de extradição e detenção estende-se ainda a outra refugiada, Anna Gabriel (ex-porta-voz da Candidatura de Unidade Popular), que já está na Suíça. No entanto, o Governo suíço já fez saber que não aceita pedidos de extradição, uma vez que o código penal do país não permite extradição quando estão em causa crimes políticos.

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