A Standard & Poor´s manteve o rating da dívida portuguesa no nível BBB-/A-3, depois de em setembro do ano passado ter sido a primeira agência de rating a retirar Portugal do nível de lixo para o grau de investimento (investment grade).

A agência prevê que a evolução positiva da economia portuguesa vai beneficiar as contas públicas e permitir uma descida do rácio da dívida pública/Produto Interno Brito até 2021. A S&P sinaliza que pode voltar a subir a nota da dívida portuguesa, se entretanto verificar um progresso mais rápido que o previsto na redução do endividamento face ao exterior e da dívida pública. Uma melhoria na estabilidade financeira, que cobre a banca e o acesso ao financiamento, também poderá motivar uma promoção do rating.

A S&P destava ainda assim a expetativa do crescimento económico sólido e de um reforço da consolidação orçamental nos próximos dois anos. E do ponto de vista dos riscos negativos sinaliza que um enfraquecimento no crescimento económico provocado por “desvios significativos de políticas” e uma falta de progresso na implementação de reformas estruturais que impulsionem a economia, podem levar a uma desproporção da dívida nacional. A degradação das finanças públicas é outra linha vermelha para a agência.

O Ministério das Finanças dá relevo à “confiança” demonstrada pela agência num “forte desempenho das exportações e do investimento, assim como os progressos assinalados no reforço da estabilidade financeira e do mercado de trabalho”. E destaca os resultados económicos de Portugal no ano passado e já este ano e assegura que o “Governo prosseguirá políticas que garantam um modelo económico sólido, alicerçado na implementação do Programa Nacional de Reformas, na gestão equilibrada das contas públicas e na promoção de um crescimento sustentável e inclusivo”.

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