Mais de 150.000 civis fugiram da cidade de Afrine desde quarta-feira para escapar à ofensiva das forças turcas contra uma milícia curda nesta região do noroeste da Síria, anunciou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

“Durante toda a noite registaram-se combates violentos na periferia norte da cidade, com as forças turcas e os apoiantes sírios a tentarem entrar na cidade”, precisou o OSDH.

O domínio da cidade de Afrine, onde viviam cerca de 350 mil pessoas, foi apertado, enquanto a Turquia e rebeldes aliados sírios lançaram em 20 de janeiro uma grande ofensiva contra o enclave curdo com o mesmo nome.

A cidade de Afrine está quase cercada, com a exceção de um círculo que permite aos habitantes deixar a cidade pelo sul para territórios controlados pelos curdos sírios ou pelo regime de Bachar al-Assad.

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Os 150 civis “fugiram pelo corredor sul”, precisou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.

O objetivo da ofensiva lançada pela Turquia é perseguir a milícia curda das Unidades de Proteção do Povo (YPG), classificada como “grupo terrorista” por Ancara, mas aliado valioso de Washington na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

Na sexta-feira à noite 16 civis, incluindo duas mulheres grávidas, foram mortos num ataque aéreo da Turquia que atingiu o principal hospital da cidade de Afrine, segundo o OSDH.

A informação foi desmentida pelo Exército turco.