Adrian Lamo, o pirata informático que entregou o ex-militar Bradley Manning às autoridades, morreu esta semana aos 37 anos, segundo o jornal britânico The Guardian.

Bradley Manning, ex-analista do exército dos EUA que depois mudou de género e se tornou Chelsea Manning, passou informações confidenciais sobre a guerra no Afeganistão e no Iraque ao Wikileaks.

Lamo foi encontrado morto na sua casa, em Sedgwick, no estado do Kansas. A morte foi confirmada pelo pai de Adrian numa publicação no Facebook. A causa da morte ainda está por apurar.

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“Com grande tristeza e com um coração partido, tenho de informar todos os amigos e conhecidos do Adrian de que ele morreu. Uma mente brilhante e uma alma compassiva perdeu-se, ele era o meu filho amado”, escreveu o pai.

Adrian Lamo conheceu Manning online em 2010 e o militar contou-lhe que tinha tido acesso a informação secreta sobre o país e que a tinha passado ao líder do Wikileaks, Julian Assange. O hacker acabou por denunciar Manning às autoridades.

“Se não tivesse feito nada, teria sempre ficado a pensar se os milhares de documentos que tinham sido divulgados a terceiros acabariam ou não por custar a vida a alguém, direta ou indiretamente”, justificou Lamo.

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Bradley Manning acabou por ser condenado a 35 anos de prisão por traição, mas saiu em liberdade em 2017, depois de Barack Obama lhe ter reduzido a pena.

Durante o tempo que esteve na prisão, Bradley Manning assumiu-se como uma mulher transexual e mudou o nome para Chelsea Manning. Já este ano, Chelsea Manning anunciou que quer ser candidata ao Senado pelo Partido Democrata.