E a cidade mais cara do mundo é… (rufar dos tambores) Singapura. A cidade-estado asiática ocupa assim o primeiro lugar neste ranking pelo quinto ano consecutivo, numa lista dominada pelos continentes europeu e asiático — ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, não há qualquer cidade norte-americana a figurar no top ten.

No ranking preparado pela Economist Intelligence Unit (EIU), que fez as contas ao custo médio de 150 bens em 133 cidades de todo o mundo, Singapura é seguida pelas cidades de Paris e Zurique, ambas empatadas em segundo lugar, Hong Kong, Oslo, Genebra, Seul, Copenhaga, Tel Aviv e, por fim, Sidney.

De acordo com o relatório, Singapura ocupa esta posição em grande medida graças aos custos relacionados com a aquisição de automóveis, até porque noutros critérios — como na aquisição de bens domésticos — é comparativamente mais barata que outras cidades.

O estudo avalia várias condicionantes, como o nível salarial e os preços de alguns produtos, como a gasolina, o pão, o vinho ou o tabaco. A título de curiosidade: na cidade de Singapura, um quilo de pão custa 3,02€, uma garra de vinho (750 ml) custa em média 19,27€, um maço de tabaco com 20 cigarros custa 7,86€ e um litro de gasolina sem chumbo 1,23€.

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Lisboa surge na segunda metade da tabela, em 86º lugar, segundo informações facultadas pela EIU ao ECO. Uma família lisboeta com quatro elementos paga, em média, 145 euros por mês de eletricidade, 85 euros para o gás e 65 euros para a água.

O relatório destaca outro detalhe interessante: Paris é a única cidade da zona euro entre as dez mais caras. A capital francesa subiu do 7º lugar do ranking para o 2º da lista. Deve-o, em grande medida, graças aos custos elevados com aquisição de bens   pessoais e domésticos — apenas os preços do álcool, transporte e tabaco são capazes de rivalizar com outras cidades europeias.

As cidades japonesas de Tóquio e Osaka deixaram o top ten em grande medida graças à baixa inflação que atravessa o Japão — recorde-se que a capital daquele país era a mais cara do mundo ainda em 2013.

A queda do custo de vida nas cidades norte-americanas justifica-se com o enfraquecimento do dólar em relação às outras moedas, pode ler-se no relatório. Ainda assim, Nova Iorque e Los Angeles continuam bem classificados, em 13º e 14º lugares respetivamente.

Em contra-ciclo, o relatório elenca ainda as dez cidades mais baratas do mundo. As cidades de Damasco (Síria), Caracas (Venezuela), Almati (Cazaquistão), Lagos (Nigéria), Bangalore (Índia), Karachi (Paquistão), Argel (Argélia), Chennai (Índia), Bucareste (Roménia) e Nova Deli (Índia) ocupam este ranking.