O alerta foi dado pelos meteorologistas, que avisaram a indústria automóvel que os veículos autónomos que estão a desenvolver, muito dependentes do GPS e do mapeamento de alta definição, correm o risco de ficar cegos durante a próxima tempestade solar. Que se tem a certeza que vai acontecer, só não se sabe quando. Imagine-se umas centenas ou milhares de automóveis sem condutor, a deslocar-se de um lado para o outro e, de repente, ficar sem “ver” por onde devem seguir.

Felizmente, estas tempestades solares não ocorrem com frequência, mas quando têm lugar, fazem disparar as radiações e emissões magnéticas, o que corta a ligação entre os GSP dos veículos e os satélites que os guiam. É um desastre anunciado, de consequências complicadas.

A condução autónoma tem granjeado algum apoio, existindo vários estados americanos que aceitam carros sem condutor a circular entre os outros, com um ser humano ao volante, e até alguns países europeus o permitem, ainda que em locais específicos. Mas tudo pode mudar de um instante para o outro, caso os acidentes comecem a acontecer, como aliás se viu com o atropelamento mortal por parte de um Volvo XC90 da Uber, que ambas as empresas estão a desenvolver.

Mulher morre depois de ter sido atropelada por carro autónomo da Uber

O ser humano, o tal que quer confiar a condução aos autómatos, ou melhor, ao software, já encontrou uma solução que poderá mitigar o problema. Para preparar diversos sistemas dos terráqueos, especialmente os de defesa militar, entre outros, existem satélites a orbitar a Terra, a 1.600.000 de quilómetros de distância do nosso planeta, cuja finalidade  é detectar estas erupções solares e avisar quem de direito cá em baixo. Em princípio, existe a possibilidade de um pré-aviso, de entre 30 a 60 minutos. Um dos responsáveis da NVIDIA, Danny Shapiro, diz que os automóveis sem condutor têm sistemas de redundância que lhes permitem procurar um lugar seguro para estacionar, antes das radiações atingirem o nosso planeta.

A boa notícia é que o Sol tem sido até agora relativamente previsível, e estas tempestades teimam a respeitar ciclos de 11 anos, tendo a última acontecido em 2014. Mas será que a cadência se mantém? O melhor é que, até lá, alguém encontre uma solução para evitar que os autónomos morram, ainda antes de nascerem, pois o problema existe e vem aí. Mais cedo ou mais tarde.

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