O Presidente da República entende que o conteúdo do relatório elaborado pela Comissão Técnica Independente sobre os incêndios de outubro “é muito claro, muito evidente” e permite ao Governo “tirar conclusões” sobre o que correu mal. Marcelo Rebelo de Sousa deixa claro que, “se se entender que há aspetos a rever” e que é necessário “tomar mais medidas”, o chefe de Estado “está disponível para dar o seu apoio”.

No dia seguinte à entrega do relatório ao presidente da Assembleia da República, e referindo-se ao documento, Marcelo sublinha que “o que lá está é muito claro, muito evidente, e permite — como aconteceu com o primeiro [sobre o fogo de Pedrógão Grande] — tirar conclusões”.

O relatório sobre os incêndios de outubro, “nalguns aspetos vai mais longe que o primeiro” e “já analisa medidas que foram tomadas” pelo Governo entretanto. Mas o Presidente da República deixa entender que as mudanças precisam de ir mais longe. E deixa uma mensagem ao poder político: os responsáveis políticos devem “ponderar o que ali está” e, “se eles entenderem que isso impõe tomar mais medidas, novas medidas, e se isso passar pelo Presidente sabe-se que conta com o apoio do Presidente”, clarificou.

Marcelo considera que o resultado do trabalho da comissão técnica tem “mérito” e vem a tempo de produzir mudanças.

Este relatório chega muito a tempo, conjuntamente com o que tem sido feito nos últimos meses, de retirar conclusões”, destaca Marcelo Rebelo de Sousa.

Sem querer comentar a conclusão de que a Proteção Civil falhou na sua missão, o chefe de Estado aponta para as “alterações administrativas” que o Governo deverá introduzir “no curto prazo” e que poderão passar por uma mudança na forma como são nomeados os dirigentes da Autoridade Nacional de Proteção Civil — um dos pontos sublinhados em ambos os relatórios, com o grupo de especialistas a defender um “concurso público” e o fim da nomeações por escolha, como acontece atualmente.

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