Terça-feira, cerca de uma centena de polícias e investigadores irrompeu pelas instalações da BMW na Áustria, onde está localizada a fábrica de motores do fabricante alemão. Tudo porque, nas palavras das autoridades germânicas, “existe a suspeita real que a BMW recorreu a um sistema ilegal para contornar os limites de emissões permitidos durante os testes em banco de ensaio”.

Da fábrica em causa, onde trabalham 4.500 profissionais, saem diariamente 6.000 motores, com os investigadores a terem fortes razões para suspeitar que, tal como a Volkswagen admitiu em 2015, também a BMW recorre a software específico para enganar os sistemas de determinação das emissões nocivas durante os testes de homologação.

Pelo seu lado, a marca de Munique admitiu apenas que “o procurador alemão realizou uma extensa busca em busca de provas sobre a existência de software ilegal em cerca de 11.400 veículos da marca, entre BMW 750d e BMW M550d”. Após sempre ter negado a existência de tal software, a BMW defende-se afirmando que “as descobertas da polícia não provam a existência de sistemas para reduzir de forma ilegal as emissões poluentes” dos seus motores.

Contudo, a marca alemã chamou às oficinas no último mês cerca de 11.700 veículos, com o objectivo de retirar um determinado software que, “por erro”, foi instalado nos automóveis.

Além da fábrica austríaca, as investigações incidiram também sobre a sede da empresa, em Munique, bem como os centros de investigação e desenvolvimento.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR