Pelo menos três polícias e um civil — vítima de uma bala perdida — morreram nas últimas 24 horas em confrontos com criminosos em diferentes zonas do Rio de Janeiro, onde a mobilização de militares para garantir a segurança pública não tem conseguido atenuar a onda de violência.

As três novas vítimas mortais, confirmadas por uma fonte oficial, elevam para 29 o número de agentes mortos no Rio de Janeiro desde o início do ano.

Relativamente aos incidentes desta quinta-feira, o pior ocorreu na Rocinha, a maior favela do Rio, quando o polícia Felipe Santos Mezquita foi morto a tiro num confronto entre as autoridades e bandidos do bairro. Um civil também morreu no decorrer dos confrontos, vítima de uma bala perdida.

Fontes da polícia declararam aos meios de comunicação locais que o fogo cruzado começou quando criminosos armados atiraram contra agentes que patrulhavam a zona. O polícia Santos Mezquita foi socorrido e transportado para o hospital municipal Miguel Couto, mas acabou por sucumbir aos ferimentos de bala.

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Os outros dois polícias foram mortos em Cabo Frio, zona balnear no litoral norte do Rio de Janeiro, e na Baixada Fluminense. Em Cabo Frio, o agente Luciano Batista Coelho não resistiu a ferimentos de bala na cabeça, sofridos quando tentava impedir um assalto a um armazém, na noite de quarta-feira.

O terceiro caso ocorreu em Belford Roxo, um bairro da Baixada Fluminense, uma área pobre na região metropolitana do Rio. O sargento Maurício Chagas Barros, de 37 anos, foi morto a tiro no decorrer dos confrontos.

A segurança pública do Rio de Janeiro está entregue a militares desde 17 de fevereiro, por ordem do Presidente brasileiro, Michel Temer. A medida visava baixar os índices de violência naquele Estado, que causou 6.731 mortes no ano passado, entre as quais mais de 100 polícias.

A violência no Rio de Janeiro ganhou nova projeção nos últimos dias devido aos assassínios da vereadora Marielle Franco e do vereador suplente Paulo Dourado Teixeira.