A China já deixou o aviso: pode vir a aplicar tarifas a importações norte-americanas no valor de 3 mil milhões de dólares em resposta às sanções aplicadas ao país pela administração de Donald Trump, escreve a CNN.

A “ameaça” surge apenas um dia depois do presidente dos norte-americano anunciar que os EUA iam aplicar tarifas a cerca de 50 mil milhões de dólares em bens chineses após uma investigação de sete meses concluir que a China roubou propriedade intelectual a empresas norte-americanas, exigindo que estas transfiram tecnologia para poder entrar no mercado chinês. O governo norte-americano planeia ainda aplicar restrições de investimento e agir contra o país asiático na Organização Mundial de Comércio (OMC).

Trump dá ordem para lançar taxas de 50 mil milhões sobre importações chinesas

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O ministro chinês do Comércio, Gao Hucheng, afirma que as sanções seriam aplicadas a mais de 120 produtos norte-americanos, que vão desde aço a carne de porco ou soja.

Hucheng não rotulou as potenciais taxas, que poderiam variar entre 15% a 20%, como sendo uma resposta direta às sanções anunciadas ontem por Trump, mas sim como uma retaliação à decisão do governo dos Estados Unidos, no início do mês de março, de taxar as importações de aço e alumínio. Esta sexta-feira, Gao Hucheng disse ainda que a China iria também ela agir contra os Estados Unidos na OMC.

As sanções aplicadas pelos Estados Unidos à China, que acusam de práticas desleais como manipular moeda e roubar propriedade intelectual, são as primeiras que a administração Trump alveja diretamente ao país asiático, gerando assim receio de uma guerra comercial entre ambos os países.

Esta sexta-feira, Gao Hucheng sublinhou ainda que a China “não quer uma guerra comercial”, mas garantiu que o país “não tem medo” e se sente confiante “na capacidade de enfrentar qualquer desafio”.