Angola recebeu 592 mil turistas estrangeiros em 2015, dos quais 15 por cento provenientes de Portugal, que liderou entre todos os países de origem, à frente da China e do Brasil, divulgou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os números constam do Anuário de Estatística do Turismo de 2015, lançado neste dia pelo INE angolano, documento que indica uma quebra de 0,2% no fluxo de entrada de turistas em Angola, face a 2014. “O principal fator da desaceleração” em 2015, refere o INE, foi a “queda acentuada” do fluxo de chegadas de turistas da Europa (39%), correspondente a 126 mil em comparação ao ano de 2014.

Portugal liderou entre os países de origem dos turistas, com 82.629 cidadãos, à frente da China, com 76.016, e do Brasil, com 70.184. Estes são também os três países com as maiores comunidades de trabalhadores expatriados em Angola. Do continente africano, a vizinha Namíbia garantiu 61.505 turistas em 2015 e a África do Sul 49.424.

O documento do INE conclui ainda que os hotéis do país contabilizaram um total de 2.067.906 dormidas, correspondentes a angolanos residentes (869.635), angolanos não residentes (342.488) e estrangeiros (855.783).

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O setor empresarial do ramo hoteleiro e turístico — entre hotéis, restaurantes e agências de viagens — faturou em 2015, segundo o estudo do INE, 196.285 milhões de kwanzas (1.189 milhões de dólares, à taxa de câmbio de então), um aumento de 25,65% em comparação ao ano de 2014.

O relatório refere também que os dados estatísticos obtidos junto dos operadores apontam que em 2015 o setor empregava 219.349 trabalhadores, um crescimento de 8,2% face ao ano anterior, representando mais 16.583 postos de trabalho.

A rede hoteleira do país era constituída, em 2015, por 6.378 unidades, com uma oferta total de 32.158 camas. Destas unidades, apenas 196 eram hotéis (15.035 camas) e somente três de cinco estrelas, todos em Luanda.