O Supremo Tribunal espanhol processou 13 ex-membros do Governo catalão por rebelião, incluindo Carles Puigdemont, Oriol Junqueras e Jordi Turull, que esta quinta-feira falhou a investidura enquanto presidente da Generalitat. Da lista de acusados também fazem parte a ex-presidente do parlamento catalão, o ex-presidente da Assembleia Nacional Catalã, o ex-presidente do Òmnium Cultural, a secretária-geral da ERC e sete ex-conselheiros.

Outros cinco antigos membros do Governo catalão à altura dos acontecimentos foram processados por desfalque. O juíz Pablo Llarena acusou ainda cinco ex-elementos da Mesa do Parlamento da Catalunha, a ex-presidente do grupo parlamentar da CUP e a porta-voz do mesmo partido de desobediência.

O juíz do Supremo fixou uma fiança de 2,1 milhões de euros que deve ser paga solidariamente entre os antigos membros da Generalitat que foram acusados: o El Español explica que o valor é a soma de 1,6 milhões de euros, a quantia que o referendo de 1 de outubro alegadamente custou, e um terço desse montante, tal como dita a lei espanhola.

Ao todo, 28 pessoas estão a ser investigadas pelo Supremo Tribunal; mas apenas 25 foram acusadas. Pablo Llarena excluiu o ex-presidente catalão Artur Mas, a coordenadora-geral do PdCat e a presidente da Associação de Municípios para a Independência. Os três prestaram declarações no final do mês de fevereiro e ficaram em liberdade sem qualquer medida cautelar. De fora ficou também Josep Lluis Trapero, o líder dos Mossos d’Esquadra, apesar da insistência do Ministério Público espanhol para que fosse responsabilizado pelo referendo de outubro.

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Marta Rovira, a secretária-geral da ERC, faltou à audiência desta manhã no Supremo Tribunal, em Madrid, e anunciou que vai abandonar o território espanhol numa carta que escreveu aos militantes do seu partido. “O exílio será um caminho duro, mas é a única forma que tenho para recuperar a minha voz política”, afirma na missiva.

Separatista catalã Marta Rovira falha audiência no Supremo e parte para o exílio

Esta quinta-feira, Jordi Turull falhou a aprovação enquanto presidente da Generalitat. Menos de meia-hora antes do início do plenário, a CUP anunciou que se iria abster e frustrar assim as intenções do Juntos pela Catalunha e da ERC.

Catalunha. CUP frustra tentativa de investir Turull como presidente