O presidente russo Vladimir Putin mantém-se calmo e sereno perante as acusações feitas pelo governo britânico em relação à investigação do envenenamento do ex-espião Sergueï Skripal e da sua filha, Yulia. “Ao contrário” da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, Putin tem-se mostrado “muito correto”, mantendo “a calma e a serenidade absolutas”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em entrevista ao canal de televisão russo NTV, citado pela EFE.

De acordo com Peskov, as acusações feitas pelo Reino Unido são de uma “desfaçatez inaudita, sem precedentes”, que chega mesmo a roçar o “banditismo” no que diz respeito aos assuntos internacionais. Contudo, em entrevista à NTV, o porta-voz declarou que a tarefa do governo russo é “enfrentar essa provocação”.

Sergueï Skripal, de 66 anos, e Yulia, de 33, foram hospitalizados a 4 de março depois de terem inalado um gás neurotóxico, Novichok, de fabrico russo, segundo as autoridades britânicas. Skripal e a filha permanecem em estado crítico, mas estável.

O envenenamento de Skripal desencadeou uma grave crise nas relações já tensas entre Moscovo e o Ocidente. O Reino Unido expulsou 23 diplomatas russos do território britânico e congelou das relações bilaterais. Já a Rússia, que clama inocência, anunciou como represália a expulsão de diplomatas britânicos do seu território e pôs fim às atividades do British Council no país.

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