A Carly, uma empresa que desenvolve apps para veículos conectados, divulgou dados preocupantes no que toca ao consumo real dos automóveis, que chega a ser até 75% superior ao anunciado pelos fabricantes, sendo os diesel a partir de 2016 os maiores “mentirosos” neste domínio.

Analisado mais de um milhão de viaturas em todo o mundo, a empresa constatou que as diferenças face aos números oficiais e àquela que é a eficiência real dos automóveis tendem a crescer de ano para ano, no período compreendido entre 2004 e 2016. Uma situação que um dos fundadores da Carly, Avid Avini, explica assim: “Existe um conflito de interesses em relação ao consumo de combustível, porque os regulamentos têm vindo a exigir uma diminuição gradual das emissões de CO2, mas os condutores não prescindem de carros cada vez mais potentes e luxuosos.”

Mas essa não será a única explicação para um desfasamento que pode levar os condutores a gastarem, por ano, mais 932€ em combustível do que aquilo que seria suposto desembolsar, percorrendo em média 19.300 km. Segundo Avini, os fabricantes tiveram de acompanhar (em consumos) cada nova imposição para baixar as emissões de CO2. E isso, de facto, aconteceu. Mas em provas laboratoriais e não em contexto de utilização real. É precisamente essa “lacuna” que a substituição do antigo e ‘optimista’ ciclo de homologação NEDC pelo mais realista WLTP se propõe colmatar. Porém, o novo método de homologação só se tornará obrigatório a partir de Agosto deste ano. Saiba aqui o que muda.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR