A Comissão Europeia lançou esta segunda-feira uma investigação de salvaguarda à importação de produtos de aço para a União Europeia, sendo esta uma das medidas anunciadas como resposta às restrições impostas pelos Estados Unidos às importações de aço e alumínio.

A investigação, que deve estar concluída num período máximo de nove meses, incide sobre 27 produtos de todas as origens e pretende responder ao eventual impacto que a decisão do Governo norte-americano de aplicar taxas alfandegárias de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio possa ter no mercado comunitário.

“Vamos esperar pelo resultado desta investigação para decidir sobre eventuais medidas de salvaguarda”, esclareceu o porta-voz responsável pela área do Comércio, Daniel Rosário, na habitual conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas.

Este procedimento, que não exclui a aplicação de medidas provisórias enquanto decorra a investigação, pode resultar, caso se revele necessário, na imposição das tarifas ou quotas de importação de modo a proteger os produtores europeus de importações excessivas.

De acordo com a Comissão Europeia, o mecanismo de vigilância comunitário para as importações de aço, ativo desde março de 2016, expôs um aumento da importação de certos produtos de aço, uma tendência que se poderá agravar com as restrições impostas pelo governo norte-americano.

As taxas alfandegárias impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, das quais a UE ficou isenta, podem fazer com que produtos anteriormente destinados ao mercado norte-americano sejam redirecionados para a Europa, provocando uma desestabilização do mercado e uma escalada dos preços.

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