A despesa com o pessoal do Estado está nos níveis mais baixos dos últimos 29 anos, um cenário favorecido pelo crescimento económico, pelo congelamento de salários e pelas reformas mais recentes no setor público. E será com esse cenário em cima da mesa que o Governo tentará convencer os seus parceiros de esquerda de que não irá atualizar salários na função pública. Isto porque, como explica o Público na sua edição de hoje, o executivo de António Costa irá argumentar que, apesar do bom momento económico, não existe margem para mais aumentos em 2019.

A tendência, aliás, é de descida da despesa com vencimentos, tanto dos novos como dos que se reformam: o governo estima mesmo que pode compensar o fim dos cortes aplicados durante a crise e os efeitos do descongelamento das carreiras iniciado.

De acordo com a estimativa apresentada na semana passada pelo Conselho de Finanças Públicas (CFP), a despesa pública com pessoal terá sido, em 2017, de 11% do PIB: é menos 11,3% face a 2016 e o indicador mais baixo desde 1989, de acordo com as séries publicadas pela Comissão Europeia. Ainda assim, a despesa com pessoal ainda se mantém acima da média do euro, que deverá ficar em 9,9% em 2017.

Esta segunda-feira também serão conhecidas as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE) que deverão confirmar as boas perspetivas da economia portuguesa em 2017.

INE confirma hoje se défice ficou perto dos 1% e divulga impacto da CGD

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