O primeiro-ministro israelita, Benjamín Netanyahu, a sua mulher Sara e o filho Yair foram esta segunda-feira interrogados em simultâneo no âmbito da investigação a uma alegada obstrução à justiça no caso que envolve a empresa de telecomunicações Bezeq.

De acordo com os meios de comunicação social locais, Netanyahu foi interrogado na sua residência oficial em Jerusalém e a mulher Sara e o filho Yair numa delegação da unidade económica nacional, na cidade de Lod. Um porta-voz da polícia confirmou esta manhã que “as equipas estão a investigar algumas pessoas ligadas ao Estado”, mas não especificou nomes, porque a investigação ainda está em curso.

O chefe do executivo israelita está a ser investigado por alegadamente ter favorecido o principal acionista da Bezeq, Shaul Elovich, e, recorrentemente, a própria empresa em troco de uma cobertura favorável no popular portal de informação Walla (da Bezeq), no que ficou conhecido por “Caso 4000”.

Segundo o diário Yediot Aharanot, Netanyahu não foi oficialmente declarado suspeito, mas, após as declarações feitas pelo seu antigo assessor de imprensa Nir Hefetz, que confessou ter obstruído a investigação, a polícia israelita quer interrogar o primeiro-ministro e respetiva mulher, bem como o filho do casal, Jair, para determinar se também atuaram no mesmo sentido.

As autoridades suspeitam que era Hefetz a pessoa que transmitia as mensagens entre o mandatário israelita, o diretor-geral do Ministério das Comunicações, Sholmo Filber, e Shaul Elovich, o maior acionista da Bezeq, os três entretanto detidos.

“A filtragem do material de investigação, mesmo o falso, é a verdadeira tentativa de obstrução à investigação. O primeiro-ministro age em conformidade com a lei e sempre o fez. As acusações de obstrução são tontarias. Não houve obstrução, não se passou nada”, respondeu há uns dias, em comunicado, o gabinete de Netanyahu.

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