A adesão à greve dos funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) rondava às 10h15 os 80%, encontrando-se quase todos os postos de atendimento encerrados, adiantou à Lusa a presidente do Sindicato, Manuel Niza.

“A adesão ronda, para já, os 80% a nível nacional. A informação que dispomos é a de que todos os postos de atendimento do país estão encerrados, com exceção de um na Avenida Augusto Aguiar, em Lisboa, que está aberto” e que estará a ser assegurado por trabalhadores precários, salientou.

No entender da presidente do Sindicato dos Funcionários do SEF, estes são trabalhadores precários não “deveriam ter acesso à base de dados dos serviços”. Manuel Niza remeteu para mais tarde, dados mais concretos sobre a paralisação.

Os funcionários do SEF iniciaram esta terça-feira uma greve de três dias para alertar para o que chamam de “situação caótica” naquele serviço.

Segundo o Sinsef, a tutela [Ministério da Administração Interna) tem tido uma atitude de passividade e, juntamente com a Direção Nacional, aplica “políticas administrativamente absurdas” e por isso os trabalhadores vão realizar uma concentração “em silêncio” à porta do SEF em Lisboa.

“O SEF deprime-se e torna-se dia-a-dia cada vez mais ineficaz, as demoras agravam-se, as respostas não chegam, os utentes desesperam”, refere o Sinsef, que reivindica o reconhecimento das carreiras dos funcionários não policiais.

Para a presidente do sindicato, os funcionários estão a lutar há muito tempo por uma carreira digna, que tem sido protelada “pelas tutelas e pelas direções nacionais”. A carreira não policial tem perto de 600 funcionários que trabalham no serviço documental, que inclui a emissão de passaportes, autorizações de residência e vistos gold, de um total de 1.200 funcionários do SEF.

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