Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros português, anunciou esta terça-feira que o embaixador português em Moscovo foi “chamado para consultas”. Em entrevistas dadas à RTP e à SIC Notícias, o ministro não quis avançar com mais medidas, para além da chamada de Paulo Vizeu Pinheiro.

Em entrevista à SIC Notícias, Santos Silva realçou o carácter ponderado com que Portugal tem lidado com esta situação, sublinhando contudo que o Governo português apoiou as decisões da UE e da NATO. O organismo europeu terá pedido esclarecimentos ao seu representante diplomático na capital da Federação Russa e a NATO emitiu uma ordem de expulsão a sete diplomatas russos. “Em ambos os casos, Portugal participou e apoiou as decisões”, disse o ministro. Portugal assumiu a solidariedade, acrescentou.

“Este é um processo dinâmico que queremos gerir com prudência, no sentido de deixarmos claro à Federação Russa o que nós não aceitamos mas, como bem disse hoje o secretário-geral da NATO, é preciso manter o diálogo político”, afirmou ainda.

Questionado sobre se admite expulsar diplomatas russos — Portugal é um dos poucos países da União Europeia que ainda não o fez — Santos Silva respondeu que, do ponto de vista bilateral, “Portugal é responsável pela decisão que toma”. Mas frisou que não estão excluídos nenhuns “dos instrumentos ao dispor da diplomacia”.

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