O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Artur Silva, garantiu esta quarta-feira que o país fará eleições legislativas ainda este ano em cumprimento do calendário previsto na Constituição. Artur Silva visitou hoje as instalações da Comissão Nacional de Eleições (CNE), na baixa de Bissau, para constatar o andamento das obras de reparação do edifício, onde também irá funcionar o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE). As obras de restauro do edifício foram custeadas pelo Ministério das Finanças guineense.

Questionado sobre se as eleições vão mesmo realizar-se este ano, conforme tem sido exigido pela comunidade internacional, o primeiro-ministro guineense considerou que a Constituição do país obriga a que haja eleições em cada quatro anos. As últimas legislativas ocorreram em abril de 2014.

Quanto aos fundos para a realização das legislativas em 2018, Artur Silva afirmou que o Governo já disponibilizou um milhão de dólares. Os parceiros da Guiné-Bissau têm feito contactos para a mobilização de verbas para dar corpo a um fundo de 7,7 milhões de dólares para cobrir as eleições legislativas. Quando questionado sobre quando terá o seu Governo formado, já que são os ministros do executivo demitido pelo chefe do Estado desde janeiro que asseguram a gestão do país, Artur Silva recusou-se a responder à pergunta. “Não respondo a essa pergunta”, disse.

Sola Nquilin, ministro da Administração Territorial do governo demitido, defendeu que o registo de novos eleitores terá lugar ainda este ano, bem como as próprias eleições. Recusou, contudo, anunciar a data exata do início do processo. A CNE quer que o recenseamento de novos eleitores tenha lugar nos meses de junho e julho (na Guiné-Bissau) e agosto (junto da comunidade emigrada). Sola Nquilin salientou que compete ao Governo determinar a data para o arranque daquele processo.

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