O Governo de Macau já iniciou “trabalhos essenciais” para a criação de um “mecanismo eficiente de prevenção e redução de desastres”, indicou o relatório final sobre o tufão Hato divulgado esta quinta-feira.

A versão final do relatório, agora divulgado, pressupõe uma ampliação dos recursos investidos e garante que a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) está atualmente a “executar ordenadamente os trabalhos na área de prevenção e redução de catástrofes”, através de medidas a curto, médio e longo prazo.

O documento refere que “os trabalhos essenciais” já estão em marcha, entre os quais “a revisão da lei-quadro da proteção civil, a preparação do plano de médio e longo prazos de prevenção e redução de desastres em Macau (2019-2028) e a construção de plataformas de emergência”.

A curto prazo, a prioridade são as “obras de reforço das infraestruturas e a formação dos cidadãos em temas relacionados com a segurança”.

A médio e longo prazo prevê-se “a integração do conceito de segurança no desenvolvimento de uma “cidade inteligente”, a criação de uma plataforma de comando de ações de segurança pública e de resposta a emergências, construção de abrigos e áreas para acolhimento de vítimas, desenvolvimento de uma base para a educação e sensibilização sobre segurança pública, constituição de uma base de formação de equipas especializadas de salvamento, construção de obras de drenagem para prevenir cheias (causadas pelas marés) na marginal do Porto Interior, entre outras”.

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A versão final deste documento baseou-se num texto preliminar, o “Relatório de trabalho do painel de especialistas da CNRD [Comissão Nacional para a Redução de Desastres], para apoiar a avaliação dos danos causados pelo tufão Hato em Macau”, divulgado em setembro.

A comissão para a revisão, acompanhamento e aperfeiçoamento de mecanismo de resposta a catástrofes da RAEM encarregou a elaboração do relatório a um painel de especialistas de três instituições: Universidade Tsinghua, Universidade de Tecnologia do Norte da China e ao Ministério de Assuntos Civis chinês.

O tufão Hato, o pior a atingir Macau em mais de 50 anos, causou dez mortos, mais de 240 feridos e prejuízos avaliados em 1,3 mil milhões de euros.