O Presidente norte-americano recebe nos próximos dias 17 e 18 o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, na sua residência privada de Mar-a-Lago, para preparar a cimeira entre Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un, indicou esta segunda-feira a Casa Branca.

“Os dois responsáveis vão falar da campanha internacional para manter o máximo de pressão sobre a Coreia do Norte, com vista ao encontro previsto entre o Presidente Trump e o líder norte-coreano Kim Jong-un”, indicou em comunicado a Casa Branca.

Trump e Abe “vão reafirmar a aliança entre os Estados Unidos e o Japão, que é um pilar da paz, da estabilidade e da prosperidade na região do Índico e Pacífico”.

“A questão das relações comerciais mais justas” também será um ponto em cima da mesa, salienta o comunicado. “Vão explorar formas de alargar os laços de comércio e investimento justos e recíprocos entre ambos os países, duas das economias mais ricas e inovadoras do mundo”, pode ler-se na nota.

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Desde a chegada de Trump à Casa Branca, em janeiro de 2017, esta será a terceira reunião entre ambos. A Casa Branca tem vindo a mostrar-se “cautelosamente otimista” quanto à realização de uma cimeira entre Trump e Kim Jong-un, que seria a primeira entre os líderes dos dois países, mas não confirma a data adiantada pelo Governo sul-coreano, que afirmou que decorreria antes do final de maio.

Por seu lado, o governo japonês informou que Abe estará nos Estados Unidos de 17 a 20 de abril, numa viagem que inclui dois dias de reuniões com Trump.

“Espero debater em detalhe a Coreia do Norte e outros assuntos de interesse mútuo entre o Japão e os EUA”, disse Abe numa reunião de representantes da coligação que o mantém no poder.

Abe disse que pretende lembrar a Trump sobre a ameaça que representa para o Japão os mísseis norte-coreanos de mais curto alcance, bem como pedir ajuda aos Estados Unidos na questão dos japoneses sequestrados por Pyongyang há várias décadas

O primeiro-ministro japonês também vai falar com Trump sobre as taxas que os EUA vão aplicar às importações de alumínio e aço, neste caso para pedir a Washington que deixe o Japão de fora da sua aplicação.