Como acontece com a maioria dos circuitos, também o velho (e mítico) anel norte do Nürburgring permite que, por uma determinada quantia – 25€ por volta de segunda a sexta – qualquer um se possa divertir e experimentar conduzir num dos traçados mais difíceis e reputados do mundo. Com ênfase no difícil, pois a pista é estreita, não tem escapatórias e os rails de protecção estão a centímetros do asfalto em muitos pontos do circuito, pelo que qualquer excesso de optimismo vem normalmente acompanhado de uma pesada factura… de bate-chapas.

Além de deixar pouca margem para erros, o circuito alemão onde todos os fabricantes testam os seus veículos mais desportivos – e basta terem um cheirinho de aspirações nesta matéria, pois até os SUV mais pesados são submetidos às torturas da pista que acolheu corridas de F1, até ao acidente de Niki Lauda em 1976 –, tem ainda 20,8 km de extensão e 73 curvas, o que o torna difícil de decorar, sendo fácil confundir uma zona com outra e abordar curvas a uma velocidade superior à que aconselham as leis da física.

Acidentes não faltam, pelo que todos os dias há casos para animar os fãs do traçado, que acorrem ao circuito desenhado na floresta de Eifel para ver como os condutores normais, sem experiência de condução em pista, expõem às situações mais bizarras os seus veículos. E estes tanto podem ser exuberantes Ferrari e Lamborghini, como pequenos utilitários ou, até mesmo, furgões comerciais e motos.

O público que visita Nürburgring nestas ocasiões de track days está obviamente à espera de alguém que decida conduzir mais rápido do que pode, ou sabe, e surpreenda quem assiste com um acidente ou uma pirueta mais artística. Desta vez, a estrela do dia foi o condutor de um Mercedes Classe A AMG, que já aparece nas imagens às cambalhotas, com a situação a piorar grandemente a partir daí.

Com a ajuda da Auto Addiction, que tem câmaras de vídeo espalhadas pelo circuito, é possível verificar que, se bem que magoados no ego e na carteira, os dois indivíduos a bordo do Classe A saem pelo seu pé do Mercedes, que após as ‘capotadelas’ mais parece o chapéu de um pobrezinho. Uma delícia, portanto, para o pós-venda da marca.

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