O novo Presidente do Peru nomeou, na segunda-feira, o conselho de ministros, uma equipa que visa dar continuidade às políticas de apoio às empresas, ao mesmo tempo que procura reduzir as tensões políticas no país.

Martin Vizcarra tomou posse a 23 de março, na sequência da renúncia do então presidente Pedro Pablo Kuczynski, acusado de corrupção. Durante a cerimónia de tomada de posse do novo executivo, Vizcarra sublinhou que esta equipa vai acompanhar o Presidente “na tarefa de trazer bem-estar aos peruanos de todas as regiões do país”.

O conselho de ministros vai ser presidido por Cesar Villanueva, um ex-governador que prometeu um governo focado em resolver problemas sociais no interior do Peru, zona há muito negligenciada. David Tuesta, economista de um banco de desenvolvimento regional, foi nomeado ministro das Finanças, um sinal de que Vizcarra pretende seguir uma agenda conservadora e favorável aos negócios.

A curto prazo, a “tarefa mais urgente” será confiada ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Nestor Popolizio, responsável pela organização da oitava Cimeira das Américas, que vai decorrer em Lima a 13 e 14 de abril. Villanueva sublinhou a confiança que tem nos novos ministros, nomes sobre os quais não espera controvérsia, pois conhecem a “filosofia de trabalho” e têm a “capacidade para o fazer”.

No entanto, poucas horas antes da cerimónia, um grupo de médicos do Ministério da Saúde (Minsa) peruano realizou um protesto contra a nomeação de Silvia Pessah como ministra da Saúde. “Vamos fazer uma reunião dia após dia até que decidam reconsiderar e nomear uma pessoa que tenha as qualidades para trazer o país à tona”, anunciou a presidente da equipe médica do Minsa, Sandra Esparza.

Pedro Pablo Kuczynski renunciou à presidência, na sequência de acusações e vídeos divulgados pelo partido Fuerza Popular, que mostram uma alegada compra de votos.

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