A bolsa nova-iorquina encerrou esta terça-feira em alta, depois de muito ter hesitado ao longo da sessão, ajudada pela recuperação do setor tecnológico e a boa saúde das empresas de energia.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average avançou 1,65%, para os 24.033,36 pontos, e o Nasdaq ganhou 1,04%, para as 6.941,28 unidades.

O S&P500, por seu lado, apreciou-se 1,26%, para os 2.614,45 pontos. Pela primeira vez desde junho de 2016, este índice tinha fechado na segunda-feira abaixo da média das últimas 200 sessões, um patamar técnico importante para os investidores.

A recuperação de hoje foi considerada “lógica, depois do forte recuo de segunda-feira”, por Adam Sarhan, da 50 Park Investment.

“Os investidores estão sobretudo na expectativa do próximo fator que pode fazer subir os índices de forma mais acentuada, o que pode acontecer com a época dos resultados”, que começa na próxima semana, avançou.

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Os números sobre as vendas mensais de carros foram hoje o indicador relevante conhecido, indicando que os quatro construtores automóveis nos EUA viram as suas vendas aumentar em março.

Mas, de forma geral, “os investidores estão febris”, sintetizou Quincy Krosby, da Prudential.

“Os investidores estão claramente nervosos perante a possibilidade de uma escalada na questão das barreiras alfandegárias (entre os EUA e os seus parceiros comerciais) e estão nervosos com a incerteza em torno das próximas decisões da Reserva Federal” (Fed), o banco central dos EUA, argumentou.

A nomeação, hoje conhecida, de John Williams para a presidência da antena da Fed em Nova Iorque, a mais importante das várias da Fed, não deve trazer, a este respeito, novidades relevantes, segundo esta operadora.

“Há uma grande experiência no seio do sistema da Reserva Federal (…). Mas ninguém não pode dizer com segurança se ele é mais agressivo ou defensivo em termos de política monetária”, considerou.

A boa saúde do setor da energia, evidenciada pelo ganho de 2,14% do subsetor que agrupo estes títulos no seio do S&P500, alimentada pela subida do preço do petróleo, ajudou os preços a subir.

Vários títulos, que sofreram nuas últimas sessões, também recuperaram bem, como a Anmazon, que valorizou 1,46%, ou a Tesla, que ganhou 5,96%.

A chegada em fanfarra do sueco Spotify, número um mundial da música em linha, à bolsa nova-iorquina, também marcou a sessão na New York Stock Exchange.

É certo que a ação acabou em baixa de 10,18%, para os 149,01 dólares. Mas isto significa que a Spotify começou o seu percurso em Wall Street com um preço que a valoriza em 29,5 mil milhões de dólares (24,0 mil milhões de euros), bem acima das estimativas mais recentes.