A Eurocontrol, organização europeia para a segurança da navegação aérea, informou esta quarta-feira estar a decorrer uma “investigação completa” sobre a falha técnica de terça-feira que reduziu, em Portugal, para cerca de metade os movimentos esperados. “Atualmente, estamos a levar a cabo uma investigação completa sobre a interrupção, a implementação do procedimento de contingência e a fase de recuperação para garantir que identificámos todas as melhorias necessárias e as implementarmos”, segundo um comunicado da organização.

A Eurocontrol garantiu ter sido identificada a origem da interrupção e que foram tomadas medidas para não se repetir a falha resolvida pelas 19h00 de terça-feira. Na origem da falha esteve uma “ligação incorreta entre os testes de lançamento de um novo software e o sistema de operações” ativo, o que levou a uma supressão de todos os planos correntes de voo” no sistema. “Estamos confiantes que não houve uma interferência externa”, lê-se na nota da Eurocontrol, que referiu ainda não poder dar os números totais dos voos afetados e lamentou o impacto nos passageiros e nas companhias aéreas.

Já esta quarta-feira a NAV – Navegação Aérea de Portugal informou que dos cerca de 1.500 movimentos expectáveis na Região de Informação de Voo [RIV] de Lisboa realizaram-se apenas 730 movimentos na terça-feira, devido a uma falha técnica a nível europeu. “Em toda a RIV de Lisboa, foram efetuados cerca de metade dos movimentes expectáveis para uma terça-feira nesta época do ano, isto é, dos cerca de 1.500 movimentos expectáveis realizaram-se apenas 730 movimentos”, segundo fonte oficial da gestora do espaço aéreo nacional à Lusa. A Eurocontrol tinha comunicado que uma falha técnica poderia provocar atrasos em metade dos cerca de 30 mil voos previstos para terça-feira no espaço aéreo europeu.

Inédita desde 2001, esta avaria técnica foi resolvida pelas 19h00 de terça-feira, com o “regresso à normalidade” do sistema de gestão do espaço aéreo denominado ETFMS.

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