Uma pessoa morreu e 24 ficaram feridas na sequência de um acidente com explosivos no concelho de Penacova, no centro do país. Há dois feridos em estado crítico e três em estado grave.

O comandante distrital de Coimbra, Carlos Tavares, confirmou que a PSP e a PJ estão no local “a averiguar a situação”. O vice-presidente da Câmara de Penacova, João Azadinho, tinha assumido que a vítima mortal estaria a manusear o material pirotécnico, mas Carlos Tavares não confirmou essa informação.

Uma das pessoas que ficou ferida estava a ser operada às 17h30 na Ortopedia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e mantém-se em estado grave. Fonte desta estrutura hospitalar disse à agência Lusa que deram entrada no Serviço de Urgências do CHUC 30 doentes, provenientes da aldeia de Gondelim. Destes, 21 estão nos Hospitais da Universidade de Coimbra, três já tiveram alta, cinco crianças foram assistidas no Hospital Pediátrico e um encontra-se no Hospital Geral.

“Destes 21 doentes que estão nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), um está em estado grave e a ser operado neste momento pela ortopedia; outro doente encontra-se ainda na sala de emergência, ventilado e estável e irá ser transferido para a Unidade de Queimados”, explicou a fonte. As cinco crianças assistidas no Hospital Pediátrico têm idades entre os 5 e os 16 anos (três do sexo masculino e dois do feminino) e devem ter alta ainda esta quarta-feira, esclareceu a fonte.

A explosão aconteceu junto ao material de pirotecnia, destinado às festas de homenagem a Nossa Senhora da Moita, a festa anual de Gondelim. A explosão deu-se junto à capela, enquanto decorria a missa. A capela e algumas habitações próximas terão ficado danificadas pela explosão. O alerta para o incidente foi dado pelas 12h30.

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“O normal é, depois da missa, decorrer a procissão e, no fim, há uma salva de fogo, com alguma dimensão”, disse o presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira, que falava aos jornalistas em Gondemil. “Aquele fogo estaria preparado para esse momento do pós-procissão”, explicou, referindo que as pessoas responsáveis pelo espetáculo de pirotecnia seriam “provavelmente de fora do concelho”, já que não conhece ninguém com licença para operar em Penacova.

De acordo com a página da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), estiveram no local 66 operacionais, 30 veículos e três helicópteros. De acordo com a ANPC a situação estará resolvida. Os festejos, que durariam cinco dias, foram interrompidos para socorro às vítimas.

Última atualização às 18h57