António Mexia deverá ser esta quinta-feira reconduzido para um quinto mandato como presidente executivo da EDP até 2020 na assembleia geral de acionistas, que decorre em Lisboa, passando a liderar um Conselho de Administração alargado a nove membros.

A nova administração para o triénio 2018-20, proposta por acionistas que representam 39,3% do capital da elétrica, entre os quais a China Three Gorges, conta com João Manso Neto, António Fernando Melo Martins da Costa, João Manuel Marques da Cruz, Miguel Stilwell de Andrade, Miguel Nuno Ferreira Setas e Rui Lopes Teixeira, Maria Isabel Pereira e Vera Pinto Pereira.

A proposta para alargar o órgão executivo — de oito para nove elementos — visa cumprir a quota de 20% de mulheres nos órgãos de administração e fiscalização das empresas cotadas em bolsa, que se materializa com a entrada de Maria Isabel Pereira, diretora jurídica do grupo, e Vera Pinto Pereira, que chega à EDP vinda do setor das telecomunicações.

O único executivo que não avança para um novo mandato é Nuno Alves, que há 12 anos Mexia foi buscar ao Millennium BCP para ser administrador financeiro da EDP, argumentando que “é o momento certo” para se dedicar “a projetos pessoais”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os acionistas vão também votar o nome de Luís Amado, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, para presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, até agora ocupado pelo ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga.

Segundo um comunicado ao mercado, foram ainda propostos como membros do órgão supervisor para o triénio 2018-20 Maria Celeste Cardona, Ilídio de Pinho, Braga de Macedo e Vasco Rocha Vieira.

Os acionistas vão ainda deliberar sobre a prestação de contas relativas a 2017, ano em que os lucros atribuíveis aos acionistas subiram 16% para 1.113 milhões de euros em relação ao ano anterior, impulsionados pela área das renováveis e pelo crescimento no Brasil.

O Conselho de Administração da EDP vai propor a manutenção do dividendo aos acionistas relativo a 2017 nos 19 cêntimos por ação.