A Palestina exigiu na sexta-feira uma reação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) à morte de nove pessoas pelas tropas israelitas durante os protestos ocorridos naquele dia na fronteira de Gaza com Israel.

Fazendo um balanço de sexta-feira, o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansur, disse a jornalistas: “Pelo menos, nove palestinianos foram mortos, incluindo uma criança, e mais de mil foram feridos”.

Estes números, recordou, elevam para cerca de 30 o número de mortos desde há oito dias e para mais de 2.500 o de feridos.

Mansur denunciou que Israel está a cometer um “massacre” e criticou os seus dirigentes por desrespeitarem os apelos à moderação por parte da comunidade internacional.

Este diplomata exigiu ao Conselho de Segurança que assuma a sua “responsabilidade” e se pronuncie sobre a questão, enviando um sinal claro a Israel.

Há uma semana, na sexta-feira, os EUA bloquearam uma proposta de declaração sobre os confrontos em Gaza, que pedia, entre outas coisas, uma investigação independente dos factos e que contavam com o apoio dos outros membros.

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O Kuwait, membro do Conselho de Segurança, anunciou hoje que tinha proposto um outro texto similar, mas que a sua aprovação tornou a ser impedida pelos EUA, disseram fontes diplomáticas.

Entretanto, o embaixador israelita na ONU, Danny Danon, atacou a proposta do Kuwait e afirmou que Conselho de Segurança deveria “condenar o Hamas por utilizar crianças como escudos humanos”.

Em comunicado, Danon defendeu que as manifestações em Gaza não foram protestos pacíficos, mas sim “violentos” e apelou ao Conselho de Segurança para que peça o fim das “provocações”.