Os húngaros começaram este domingo a votar para as eleições legislativas, em que o primeiro-ministro cessante, Viktor Orbán, ícone das direitas populistas europeias, é dado como favorito para cumprir um terceiro mandato e consolidar um poder assumidamente autoritário.

“O futuro do país está em jogo. Não nos limitamos a eleger os partidos, o governo e o primeiro-ministro, escolhemos também o futuro do país”, declarou o dirigente depois de votar ao início da manhã no 22.º distrito de Budapeste.

Cerca de 7,9 milhões de húngaros são chamados a participar no escrutínio, que decorre entre as 6h00 (4h00 TMG) e as 19h00 (17h00 TMG).

Na ausência de sondagens à boca das urnas, as primeiras projeções só serão conhecidas à noite.

Com uma vantagem de 20 a 30 pontos nas sondagens e favorecido por um sistema de votação de uma volta combinando a maioria simples por circunscrição e proporcionalidade, o partido nacional conservador Fidesz, do dirigente húngaro, parece ter a garantia de vencer, segundo especialistas.

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A principal incógnita é a taxa de participação e a amplitude da vitória prometida: Orbán conquistou em 2010 e 2014 uma “super maioria” no parlamento, mas pode desta vez ficar-se por uma maioria relativa.

“A lógica é que o Fidesz ganhe, mas há potencialmente uma surpresa no ar”, disse à AFP o politólogo Gabor Torok.

“Espero bem que o governo de Orban possa prosseguir o seu trabalho, afirmou à agência francesa uma reformada, Zsuzsanna Draxler, após votar em Budapeste.

“Votei de alma e consciência, esperando que tenhamos algo melhor”, indicou outro eleitor, que preferiu manter o anonimato.

O nacionalista conservador Viktor Orban é o favorito nestas eleições, devendo obter um terceiro mandato consecutivo graças à fragmentação da oposição e à consolidação do discurso anti-imigração.