O secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, admitiu esta segunda-feira a possibilidade de ações militares contra a Síria, depois do alegado ataque químico em Douma, no sábado, atribuído ao regime do Presidente Bashar al-Assad.

“Não descarto nada neste momento”, disse Mattis, salientando que é preciso perceber “por que motivo há armas químicas na Síria e foram utilizadas, quando a Rússia garantiu a retirada de todas”.

Antes de uma reunião com o emir qatari, Tamim Bin Hamad Al-Thani, no Pentágono, James Mattis referiu que os Estados Unidos vão estudar a situação “com os aliados, desde a NATO ao Qatar”. A reação do secretário de Estado da Defesa norte-americano sucedeu às declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu que os responsáveis pelo ataque pagarão “um preço alto”.

“Numerosos mortos, entre os quais mulheres e crianças, num estúpido ataque QUÍMICO na Síria”, afirmou Trump a propósito do ataque de sábado. “A zona das atrocidades está confinada e cercada pelo exército sírio, tornando-a completamente inacessível ao resto do mundo. O Presidente Putin, a Rússia e o Irão são responsáveis pelo seu apoio ao Animal Assad. É preciso pagar um preço alto”, escreveu o Presidente norte-americano, no domingo, na rede social Twitter.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os Capacetes Brancos, socorristas em zonas rebeldes, um grupo rebelde e a oposição no exílio acusaram o regime sírio de ter lançado um ataque químico no sábado sobre a cidade de Douma, em Ghouta Oriental, perto de Damasco, fazendo dezenas de vítimas.

O Governo sírio e os seus apoiantes, nomeadamente a Rússia e o Irão, desmentiram a responsabilidade das forças governamentais. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou preocupação pela situação dos civis e afirmou-se “particularmente alarmado” pelo alegado ataque químico.

Entretanto, nove países pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, sobre o presumível ataque químico. O pedido da reunião foi assinado por França, Estados Unidos, Reino Unido, Koweit, Suécia, Polónia, Peru, Holanda e Costa do Marfim, precisaram as mesmas fontes.