O secretário de Estado da Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, admitiu esta segunda-feira a possibilidade de ações militares contra a Síria, depois do alegado ataque químico em Douma, no sábado, atribuído ao regime do Presidente Bashar al-Assad.
“Não descarto nada neste momento”, disse Mattis, salientando que é preciso perceber “por que motivo há armas químicas na Síria e foram utilizadas, quando a Rússia garantiu a retirada de todas”.
Antes de uma reunião com o emir qatari, Tamim Bin Hamad Al-Thani, no Pentágono, James Mattis referiu que os Estados Unidos vão estudar a situação “com os aliados, desde a NATO ao Qatar”. A reação do secretário de Estado da Defesa norte-americano sucedeu às declarações do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu que os responsáveis pelo ataque pagarão “um preço alto”.
“Numerosos mortos, entre os quais mulheres e crianças, num estúpido ataque QUÍMICO na Síria”, afirmou Trump a propósito do ataque de sábado. “A zona das atrocidades está confinada e cercada pelo exército sírio, tornando-a completamente inacessível ao resto do mundo. O Presidente Putin, a Rússia e o Irão são responsáveis pelo seu apoio ao Animal Assad. É preciso pagar um preço alto”, escreveu o Presidente norte-americano, no domingo, na rede social Twitter.
Many dead, including women and children, in mindless CHEMICAL attack in Syria. Area of atrocity is in lockdown and encircled by Syrian Army, making it completely inaccessible to outside world. President Putin, Russia and Iran are responsible for backing Animal Assad. Big price…
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 8, 2018
Os Capacetes Brancos, socorristas em zonas rebeldes, um grupo rebelde e a oposição no exílio acusaram o regime sírio de ter lançado um ataque químico no sábado sobre a cidade de Douma, em Ghouta Oriental, perto de Damasco, fazendo dezenas de vítimas.
O Governo sírio e os seus apoiantes, nomeadamente a Rússia e o Irão, desmentiram a responsabilidade das forças governamentais. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou preocupação pela situação dos civis e afirmou-se “particularmente alarmado” pelo alegado ataque químico.
Entretanto, nove países pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, sobre o presumível ataque químico. O pedido da reunião foi assinado por França, Estados Unidos, Reino Unido, Koweit, Suécia, Polónia, Peru, Holanda e Costa do Marfim, precisaram as mesmas fontes.