A Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) garantiu estar a “acompanhar de perto” o estado de conservação do património de Macau e o desenvolvimento urbanístico dos novos aterros. A diretora do centro para o património mundial da UNESCO, Mechtild Rossler, afirmou que estas questões vão ser “acompanhadas com muita atenção”.

“O centro do património mundial expressou preocupação relativamente aos projetos de desenvolvimento dos novos aterros”, indicou Rossler, na resposta enviada à Associação Novo Macau (ANM) e que foi divulgada no domingo. A responsável lembrou que o centro pediu às autoridades do território para apresentarem o plano diretor para os novos aterros antes de ser aprovado, bem como todas as propostas para os novos aterros, para revisão.

Rossler sublinhou que o centro pediu também o envio, até 1 de dezembro próximo, de um relatório atualizado sobre o estado de conservação dos edifícios, de acordo com a resposta enviada à ANM, que, em março, enviou um relatório não-governamental a expor “sérias preocupações” relativamente à gestão do Governo nesta área. No documento, a ANM defendia a inclusão do corredor visual da colina da Penha para a zona B dos novos aterros e a revisão do despacho que estipula 52,5 metros como altura máxima dos edifícios nas zonas em redor do farol da Guia.

O Governo tem vindo a proceder, de forma faseada, à elaboração do texto oficial do Plano de Salvaguarda e Gestão do Centro Histórico que deve ser entregue à UNESCO em 2018, ou seja, com mais de três anos de atraso, dado que devia ter sido apresentado até fevereiro de 2015. No âmbito de uma consulta pública sobre o futuro plano, o Instituto Cultural recebeu 1.900 opiniões, com a maioria dos participantes a apoiar a proposta de se acrescentar um corredor visual desde a colina da Penha até à ponte Governador Nobre de Carvalho, que liga a península de Macau à ilha da Taipa.

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