A diretora de operações do Banco Mundial para a Guiné-Bissau, Louise Cord, afirmou esta terça-feira que a atual situação política no país está a dificultar o trabalho da organização no apoio ao combate à pobreza.

“A atual situação política torna difícil, para nós, conseguirmos desempenhar as funções para as quais temos mandato”, afirmou a responsável, aos jornalistas, no final de um encontro com o Presidente guineense, José Mário Vaz.

Louise Cord afirmou que o Banco Mundial aguarda a realização de um “Conselho de Ministros que possa tomar decisões” necessárias e que as “eleições ocorram como previsto no final do ano”.

“Temos uma estratégia para apoiar a Guiné-Bissau nos próximos três anos e gostávamos de continuar a implementar esta estratégia para a reduzir a pobreza, mas é muito importante para nós que exista um Governo efetivo com o quem possamos implementar estes programas e espero que isso aconteça brevemente”, salientou.

Louise Cord sublinhou, nas suas declarações, que a Guiné-Bissau tem dos maiores índices de pobreza do continente africano e dos piores indicadores de desenvolvimento humano. O Banco Mundial tem projetos de apoio à redução da pobreza e ao desenvolvimento na Guiné-Bissau, nomeadamente na educação, saúde e energia.

A Guiné-Bissau vive há cerca de três anos um impasse político. Desde as últimas legislativas, realizadas em 2014, o Presidente guineense já nomeou seis primeiros-ministros. O atual primeiro-ministro, Artur Silva, foi nomeado a 31 de janeiro, mas continua sem apresentar o seu Governo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR