A Polícia moçambicana deteve 570 pessoas, entre moçambicanos e estrangeiros, por tráfico e consumo de droga em 2017 — um aumento de 11% em relação a 2016, anunciou esta terça-feira a porta-voz do Conselho de Ministros.

Os dados constam do relatório anual sobre tráfico e consumo ilícito de drogas, que foi apreciado neste dia pelo Governo e que será brevemente submetido ao parlamento.

As autoridades moçambicanas apreenderam 7,6 milhões de quilos de canábis e 21 mil quilos de cocaína durante o ano transato, números que justificam “maior atenção à prevenção e combate ao tráfico de drogas”, declarou Ana Comona, falando à imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, em Maputo.

Da quantidade de canábis apreendida, 73% é proveniente da província da Zambézia, centro de Moçambique, enquanto que a cocaína foi apreendida sobretudo no Aeroporto Internacional de Maputo, considerado um dos principais pontos de trânsito de tráfico de drogas no país. A faixa etária entre os 21 e 30 anos é apontada no relatório como a que mais consome drogas, sendo canábis a preferida.

A porta-voz do Governo moçambicano referiu que o executivo vai continuar com as ações de combate às drogas, considerando imperioso o envolvimento dos jovens nas campanhas de sensibilização desenvolvidas no país. “Vamos reforçar a capacidade do Governo e as medidas de vigilância, tanto na componente de prevenção quanto na componente de combate”, reiterou Ana Comoana.

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