O novo presidente do grupo Volkswagen, Herbert Diess, afirmou esta sexta-feira que tenciona vender ativos detidos pelo construtor automóvel alemão e que é “necessário acelerar” a transformação da empresa para que esta seja “mais eficiente”. Na sua primeira conferência de imprensa nestas funções, realizada na sede do grupo em Wolfsburg, Alemanha, Diess disse que iria “analisar os diferentes ativos” da carteira da Volkswagen, que incluem a Renk e a MAN Diesel, para determinar se é “imperioso conservá-los”.
O novo líder do grupo automóvel afirmou ainda que a reestruturação vai passar pela concentração em marcas fortes, tendo ainda frisado que decidiu criar seis unidades operacionais e apostar na China. O gestor explicou também que as marcas do conglomerado vão organizar-se em três grupos. O primeiro incluirá a Volkswagen, Skoda, Seat, os veículos industriais ligeiros e os serviços de mobilidade. O segundo integrará a Audi. E o terceiro abrangerá a Porsche, Bentley, Bugatti e mais lá para a frente a Lamborghini.
O critério para estabelecer esta categoria de marcas tem a ver com “o preço dos veículos”, disse o novo presidente do construtor automóvel. O grupo Volkswagen está a preparar também a entrada em bolsa do negócio de camiões e autocarros através da Volkswagen Truck and Bus, tendo de transformar a empresa em sociedade anónima e, posteriormente, em sociedade europeia.
A entrada em bolsa irá aumentar as possibilidades de se financiar no mercado de capitais para que os investimentos sejam “mais flexíveis no futuro”, bem como “acelerar a rentabilidade do negócio”, salientou o novo presidente do grupo alemão.