Milhares de pessoas em toda a Índia foram para as ruas este domingo, 15 de abril, para exigirem o fim da violência sexual dirigida contra às mulheres. Segundo noticia o canal norte-americano ABC, este tipo de crimes tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos.

Manifestantes munidos de tarjas e cartazes encheram as ruas de Nova Deli, Bombaim e muitas outras cidades exigindo que o Governo indiano fosse mais célere e eficaz a tratar de processos judiciais ligados a crimes como violação ou assédio. Estão previstas também, várias vigílias à luz das velas.

O estado de revolta foi desencadeado pela violação e homicídio de uma rapariga indiana de oito anos, em Kashmir, e o rapto e violação de uma adolescente na província de Uttar Pradesh.

Vários manifestantes expressaram uma especial revolta contra o partido dos nacionalistas hindus, no Governo, que terá favorecido o acusado no caso de Kashmir — a jovem vítima era muçulmana e o suposto violador, hindu.

Os dois casos já somam um total de nove suspeitos de violação, incluindo um legislador do partido Bharatiya Janata (no poder) e quatro polícias.

A criminalidade violenta contra as mulheres tem vindo a aumentar na Índia, mesmo tendo em conta a série de leis aprovadas em 2013 que procuram minimizar este fenómeno. Em 2012, a violação em grupo de uma mulher (que acabou por morrer), desencadeou uma série de grandes manifestações que envolveram centenas de milhares de pessoas um pouco por todo o território indiano. Todas elas exigiam leis mais firmes para crimes de violação.

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