O mais velho dos Taviani nasceu em San Miniato di Pisa, na região central da Toscana, a 20 de setembro de 1929, e, dois anos depois, nasceu o seu irmão Paolo. Os irmãos Taviani foram considerados verdadeiros “mestres” do cinema social italiano durante a sua longa carreira cinematográfica.

Ambos estudaram Direito na Universidade de Pisa, mas o amor pelo cinema levou-os a abandonar os estudos para assinar uma série de documentários com argumentos sociais, que chegou à televisão.

A estreia em televisão ocorreu em 1962 com o filme “Un uomo da bruciare” — sobre a vida de Salvatore Carnevale, jornalista e ativista político, que foi assassinado na Sicília em 1955 -, que ganhou o Prémio da Crítica no Festival de Veneza.

Os primeiros filmes tiveram sempre por base os problemas sociais, como no caso de “San Michele aveva un gallo” (1972), que ganhou o Interfilm no Festival de Berlim, ou “Allosanfàn” (1974), interpretado por Marcello Mastroianni e Lea Massari.

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Um dos seus maiores sucessos foi “Padre Padrone” (1977), baseado no romance biográfico de Gavino Ledda, que descreve a vida com um pai déspota numa Sardenha profunda e que ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes.

Outro dos seus trabalhos consagrados foi “La notte di San Lorenzo” (1982), a história dramática de um grupo de homens que tentava fugir da área ocupada pelos alemães, com música de Nicola Piovani, que ganhou o Grande Prémio do Júri em Cannes.

Em 1986, os dois irmãos foram galardoados com o Leão de Ouro de carreira, em Veneza.

Os dois foram também responsáveis por filmes como “Good Morning, Babylon” (1988), “Il anche di notte” (1990) e “Le affinità elettive”(1996).

Com 83 anos, Vittorio Taviani e o irmão assinaram o filme “Cesare deve morire”, que, em 2012, ganhou o Urso de Ouro em Berlim.

Nos últimos anos, também realizaram “Maraviglioso Boccaccio”, em 2014, e “Una questione privata”, que devido à doença de Vittorio acabou por ser realizado apenas por Paolo, mas com o “conselho” do seu irmão.