“O meu nome é David Buckel e acabei de me matar, com fogo, como um suicídio em protesto“, lê-se na nota que o advogado e ativista escreveu e deixou num carrinho de supermercado, perto do local onde na manhã de sábado foi encontrado morto.
O advogado de 60 anos, que ficou conhecido pelo caso do assassinato do transgénero Brandon Teena em que foi advogado de defesa — retratado no filme de 1999 “Boys Don’t Cry” — foi encontrado morto no Parque Prospect, em Brooklyn, Nova Iorque, por volta das 6h30 da manhã. Cerca de meia hora antes de se suicidar, Buckel enviou emails para vários jornais, incluindo o The New York Times.
A maioria dos humanos no planeta respiram neste momento ar tornado insalubre por combustíveis fósseis e muitos morrem prematuramente como resultado. A minha morte prematura por combustíveis fósseis reflete o que estamos a fazer a nós mesmos”, escreveu no email que enviou aos jornais.
Na carta deixada no carrinho de supermercado, onde admitiu que se tinha suicidado como forma de protesto, Buckel disse que esperava que a sua morte fosse “honrada” e que ajudasse outros. “Peço desculpa pela confusão”, escreveu ainda.
Além de ter estado envolvido no caso do assassinato do transgénero Brandon Teena, Buckel era diretor do projeto Lambda Legal, uma organização nacional que luta pelo direitos LGBT. Susan Sommer, ex-membro da organização, recorda o advogado como alguém “inteligente e metódico”.