O Fundo Revita permitiu já a conclusão da reconstrução de 149 das 265 casas de primeira habitação afetadas pelos incêndios de junho de 2017, com o concelho de Pedrógão Grande a envolver o maior volume de intervenções. “As 265 casas de primeira habitação estão todas em andamento. Deste conjunto, à data do presente relatório, destacam-se 249 casas em fase mais avançada, nomeadamente 100 habitações com obras em execução e 149 já concluídas”, apurou o terceiro relatório trimestral, publicado esta segunda-feira na página da internet do Fundo Revita, instrumento criado pelo Governo para apoiar as populações e a revitalização das áreas afetadas pelos incêndios ocorridos em junho de 2017, nos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.

Além destes três concelhos, as 265 casas de primeira habitação alvo de obras de reconstrução desenvolvidas pelo Fundo Revita, através de protocolos com os outros fundos, localizam-se também nos municípios adjacentes de Góis, Pampilhosa, Sertã e Penela. Neste âmbito, foram celebrados protocolos com os principais fundos constituídos a partir de donativos destinados à reconstrução dos territórios atingidos, nomeadamente a União das Misericórdias Portuguesas, a Fundação Calouste Gulbenkian e a Cáritas Diocesana.

O Fundo Revita celebrou ainda um protocolo com a Cruz Vermelha Portuguesa para que esta assuma o papel de Coordenadora Logística de Apetrechamento, exercendo funções de suporte no âmbito da estratégia de apetrechamento das habitações afetadas e na preparação das respetivas propostas de afetação de recursos. De acordo com o terceiro relatório trimestral, o Fundo Revita está diretamente responsável pela reabilitação de “96 casas, com um perfil de intervenção mais exigente já que se tratam, na sua maioria, de reconstruções integrais”, o que corresponde a 36% do total das 265 casas de primeira habitação a reabilitar.

Até ao final de março deste ano, 94% das casas a reabilitar diretamente pelo Fundo Revita [96 habitações] encontravam-se já em execução ou concluídas, segundo o documento publicado esta segunda-feira. “Das obras realizadas pode-se constatar que mais do que 42% das intervenções são acima dos 25 mil euros, sendo o concelho de Pedrógão Grande aquele que envolve maior volume de intervenções”, revelou o Fundo Revita, adiantando que “a execução financeira é naturalmente mais faseada, encontrando-se pago, no que diz respeito a habitações, o valor total de 862.324,58 euros”. Relativamente ao apetrechamento das casas reconstruídas, o processo está concluído em 15 habitações, indicam os dados até 31 de março deste ano.

“No concelho de Figueiró dos Vinhos, de um total de seis habitações a apetrechar neste território, cinco estão já equipadas. Em Castanheira de Pera, com 14 habitações para apetrechar, encontram-se duas em processo de equipamento e duas concluídas. Em Pedrógão Grande estão previstas 51 unidades para apetrechamento, estando oito habitações concluídas e seis casas em fase de reequipamento”, apontou o relatório.

Os incêndios que deflagraram na zona de Pedrógão Grande, distrito de Leiria, em junho do ano passado, provocaram 66 mortos: a contabilização oficial assinalou 64 vítimas mortais, mas houve ainda registo de uma mulher que morreu atropelada ao fugir das chamas e uma outra que estava internada desde então, em Coimbra, e acabou também por morrer. Houve ainda mais de 250 feridos.

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