O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Naturais (INGC) disse esta segunda-feira que 61 pessoas morreram vítimas de calamidades naturais entre outubro e março deste ano, uma redução de 12 óbitos em comparação com a época chuvosa 2016/2017.

Falando na apresentação do Balanço da Época Chuvosa e Ciclónica de 2017/2018, o diretor-geral do INGC, João Machatine, apontou a morte de 16 pessoas no desabamento da lixeira de Hulene, em Maputo, em fevereiro, como o fator que pesou para o número de óbitos registados entre outubro e março, devido aos desastres naturais.

No mesmo período, 22 pessoas morreram vítimas de descargas elétricas em todo o país, acrescentou João Machatine. “No período entre outubro de 2017 e março de 2018, há dois fenómenos que fugiram ao nosso controlo, a tragédia de Hulene e as descargas elétricas”, assinalou o diretor do INGC. No total, prosseguiu João Machatine, as calamidades naturais afetaram 152.246 pessoas, destruíram totalmente 7.313 casas e parcialmente 14.461 casas. As intempéries destruíram totalmente 201 casas e 463 parcialmente.

Para enfrentar os danos provocados pelas calamidades naturais, o INGC precisa de mil milhões de meticais (13,3 milhões de euros), uma vez que conseguiu mobilizar apenas 300 milhões de meticais (quatro milhões de euros) para as várias operações relacionadas com a prevenção, assistência e reconstrução.

O diretor do INGC adiantou que o país precisa de melhorar a capacidade de previsão de calamidades naturais, incorporar as ações de resiliência nos planos económicos e sociais em todos os setores e concluir a Estratégia Nacional de Resiliência às Infraestruturas.

A penalização de pessoas que ocupam e constroem habitações em zonas propensas às calamidades naturais, operacionalização do fundo de gestão de calamidades e a criação de um seguro contra desastres naturais são outras das intervenções importantes, acrescentou.

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