O oficial da PSP acusado de agredir dois adeptos do Benfica em Guimarães, em maio de 2015, começou esta segunda-feira a ser julgado. Segundo o jornal Correio da Manhã, o polícia prestou depoimento e admitiu tudo, embora tenha justificado que agiu por “impulso” e que teve a “perceção” de ter sido cuspido.

O caso remonta a 17 de maio de 2015, depois do jorgo do Vitória Sport Club com Benfica, perto da porta 16 do Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. O Ministério Público considerou que o subcomissário Filipe Silva “desferiu bastonadas” no joelho e nas costas de uma das vítimas e “dois socos no rosto” de uma outra. Nos dois casos, o arguido, usou “de forma excessiva” os meios coercivos de que dispunha, refere a acusação. As vítimas, adeptos do Benfica, são pai e filho e foram agredidos à frente de dois menores (netos e filhos das vítimas).

A agressão foi na altura filmada e muito divulgada. O oficial de polícia fez, no entanto, um auto de notícia que relatava um cenário diferente. Explicando que as vítimas tinham agredido a polícia e que eram suspeitos de injúrias e resistência e coação sobre funcionário.

Esta segunda-feira, o polícia admitiu tudo o que fez: deu duas bastonadas a um e dois socos a outro. Garante ter tido a perceção que tinha sido cuspido e que, depois, se sentiu agarrado pelas costas. O arguido é acusado de dois crimes de ofensa à integridade física qualificada, dois crimes de falsificação de documento e dois crimes de denegação de justiça e prevaricação.

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