Há cada vez mais armas a serem entregues à polícia. Em 2017, avança o Jornal de Notícias, a PSP recebeu em média 51 armas por dia, fechando o ano com 18 677 armas devolvidas por particulares — quase o dobro de 2016, em que foram entregues 10 596. Entre o armamento entregue há pistolas, revólveres e metralhadoras, algumas com história.

O responsável pelo Departamento de Armas e Explosivos, o superintendente Pedro Moura, encontra algumas justificações para estes dados estatísticos. A mudança da lei das armas, em 2006, que obrigou os proprietários das armas a terem uma licença para cada uma, válida somente por dez anos. E, em 2015, o aumento dos valores a pagar por essas licenças, levando muitas pessoas a terem consciência de que é caro ter armas em casa e de que não podiam suportar tais custos.

Por outro lado, há cada vez menos caçadores e atiradores desportivos. E há, também, familiares de ex-combatentes do Ultramar que trouxeram armas de guerra como recordação e que agora estão a ser entregues por familiares — como uma mulher, viúva, de Castelo Branco, que entregou uma Kalashnikov, por exemplo.

A PSP avisa que a entrega de armas é gratuita e muito simples. A maior parte deste armamento é destruído por não ter qualquer valor ou utilidade. Em 2017 foram destruídas 25 411 armas.

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