A Europa arrisca cair numa “espécie de guerra civil” entre os países liberais e os regimes autocráticos, avisou Emmanuel Macron, presidente francês, num discurso muito aplaudido em Estrasburgo. Perante os deputados do Parlamento Europeu, Macron salientou a importância de se construir uma “nova soberania europeia” que garanta a defesa da democracia no continente.

É um sinal de alerta, para Emmanuel Macron, que deve ser levado a sério. Na opinião do presidente francês, há um crescente “fascínio com o iliberalismo”, o que poderá ser uma referência a países como a Polónia e a Hungria. Esse “fascínio” está a “crescer a cada dia”, avisa Macron, lamentando que não quer “pertencer a uma geração de sonâmbulos que se esqueceu do que houve no passado” (numa referência à geração que nasceu depois da Segunda Grande Guerra).

Democracia é uma palavra que tem significado. É uma palavra que nasceu graças a batalhas que se travaram no passado”.

Nesta fase, acredita Emmanuel Macron, “vivemos num contexto de divisão e, com efeito, de dúvida no seio da Europa”. “Parece haver uma espécie de guerra civil europeia onde os interesses egoístas parecem, por vezes, mais importantes do que aquilo que une a Europa”, atirou o presidente francês.

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