Apenas um terço das crianças de Luanda foi abrangido, até ao momento, pela campanha de vacinação contra a poliomielite, sarampo e rubéola que termina este domingo, situação que está a preocupar o governo provincial. A insatisfação pelos resultados, de apenas 35% de crianças vacinadas em Luanda, no âmbito da campanha nacional que decorre entre 9 e 22 de abril, foi apresentada esta quarta-feira pelo governador da província, Adriano Mendes de Carvalho.

“Segundos os dados preliminares, foram vacinadas até este momento, a nível de Luanda, 1.096.605 crianças, numa cobertura de 35% contra o sarampo-rubéola, 389.534 crianças na cobertura de 31% contra a pólio. Números que não satisfazem as nossas metas preconizadas”, disse. A greve de professores no ensino geral, que decorreu entre 9 e 13 de abril, terá afetado o trabalho das equipas de vacinação que estão no terreno.

Para tentar inverter este quadro, o governo provincial de Luanda lançou esta quarta-feira a “Operação Vacina”, com vista a atingir, até sexta-feira, 95% de cobertura vacinal na capital. Adriano Mendes de Carvalho assegurou, durante a apresentação desta campanha, o reforço das brigadas de vacinação, para vinte equipas, contra as dez iniciais.

“Vamos contar com todas as forças vivas no sentido de se alcançar a cobertura vacinal de pelo menos 95%. Para o feito contamos com ajuda da Polícia Nacional, das Forças Armadas e das igrejas”, sublinhou. A campanha nacional de vacinação contra poliomielite, sarampo e rubéola é promovida pelo Ministério da Saúde de Angola e visa aumentar a cobertura vacinal e redução da mortalidade infantil.

As autoridades angolanas preveem vacinar cerca de 13,5 milhões de crianças dos nove aos 14 anos com a vacina dupla sarampo-rubéola, e mais 4,9 milhões de crianças menores de cinco anos, com a vacina pólio oral.

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