O galgamento do mar na madrugada desta quarta-feira na Praia de Faro provocou pequenos danos em esplanadas e nos passeios que ladeiam a estrada que atravessa aquela zona balnear, disse à Lusa fonte da Câmara de Faro.
Segundo a mesma fonte, o galgamento do mar está relacionado com a subida da maré a um nível superior ao habitual, uma vez que quando está Lua Nova a probabilidade de ocorrerem marés vivas é maior. A circulação automóvel na Praia de Faro esteve comprometida, devido à quantidade de água e de areia arrastada para a estrada, mas por um período curto, tendo os trabalhos de limpeza começado a partir das 6h30, acrescentou.
Depois das tempestades de fevereiro e março, a maior parte da areia retirada da praia pela força do mar e do vento já tinha sido reposta, mas agora “foi parar novamente à estrada”. Segundo a mesma fonte, já tinha sido lançado o concurso para construção do passadiço destruído pelos temporais deste inverno, o que faz com que praticamente se “volte novamente à estaca zero”.
A próxima preia-mar, o ponto mais alto da maré, está prevista para as 17h15, o que faz com que as autoridades camarárias e de proteção civil estejam de prevenção. Desde as 6h30 que foram deslocadas para ao local equipas que, com o apoio de retroescavadoras, estão a recolher a areia depositada na estrada e a distribuí-la ao longo da costa.
Nos últimos meses, a Praia de Faro foi fustigada pelo vento e ondulação forte, com o mar a galgar a estrada que separa o oceano da Ria Formosa, enchendo-a de areia, mas sem causar danos em habitações.
Há um mês, durante uma visita ao Algarve, o ministro do Ambiente disse que o investimento prioritário na orla costeira da região passava por repor os passadiços nos areais destruídos pelos temporais de inverno, num valor estimado de 250 mil euros. No caso da Praia de Faro, o levantamento feito pelo Ministério do Ambiente apontava para a necessidade de intervenções no valor de 120 mil euros.