O artista visual Daniel Blaufuks vai apresentar obras em fotografia e vídeo-instalação, numa nova exposição que é inaugurada esta quinta-feira, às 18h00, na Galeria Carlos Carvalho, em Lisboa.

De acordo com a galeria, esta nova exposição do artista — vencedor do Prémio BES Photo 2006, atual Prémio Novo Banco, o mais importante galardão na área da fotografia atribuído em Portugal — intitula-se “Houve um tempo em que estávamos todos vivos”.

Desde que realizou um projeto com o escritor Paul Bowles, em 1991 — “My Tangier” –, Daniel Blaufuks, 55 anos, tem direcionado o seu trabalho para a relação entre a fotografia e a literatura, sobretudo sob a forma de vídeo, fotografia, instalações, livros e diários fac-similados.

O artista apresentou a exposição “Toda a Memória do Mundo”, em 2014, no Museu Nacional de Arte Contemporânea — Museu do Chiado, em Lisboa, com 46 obras inéditas e uma instalação, inspiradas no Holocausto. Muito do seu trabalho aborda o Holocausto em várias dimensões, psicológica, social, histórica e filosófica.

Nascido em Lisboa, descendente de uma família de refugiados judeus alemães, Daniel Blaufuks estudou na Ar.Co — Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, no Colégio Real de Arte, em Londres, e na Fundação Watermill, em Nova Iorque. O seu primeiro documentário, “Sob Céus Estranhos” (2002), é uma crónica da passagem dos refugiados judeus por Lisboa, durante a II Guerra Mundial, entre os quais se incluía a sua família.

A obra de Daniel Blaufuks com a qual venceu o Premio BES Photo envolve um vídeo de 90 minutos, intitulado “Theresianstadt”, uma série de imagens impressas “Sem Título, da série Terezín”, e a instalação “Maquete para o livro Terezín”, todas relacionadas com a cidade onde existiu um campo de concentração nazi, na atual República Checa, na altura ocupada pela Alemanha de Hitler.

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