Os bispos católicos de Navarra, do País Basco e Baiona, Vitoria e San Sebastián pediram perdão pelas “cumplicidades, ambiguidades e omissões”, em relação ao anos de terrorismo da organização separatista do país basco ETA. Esta reação foi divulgada após o pedido de desculpa feito esta sexta-feira pela organização.

Em comunicado, os bispos reconhecem que houve cumplicidades, ambiguidades e omissões dentro da própria igreja durante os anos de atividades terroristas da ETA, admitindo os “danos causados” e a sua “responsabilidade direta” no sofrimento da sociedade basca.  Ainda que tenham igualmente sublinhado que muitos deram o melhor de si nesses anos,.

A organização separatista basca ETA reconheceu esta sexta-feira a responsabilidade “direta” no “sofrimento excessivo” da sociedade basca durante décadas, com “mortos, feridos, torturados, sequestrados ou forçados a fugir para o exterior”, sofrimento pelo qual pediu “sinceras desculpas”, reconhecendo que foi algo que não devia ter “acontecido durante tanto tempo”.

Os responsáveis católicos de Pamplona-Tudela, Baiona, Bilbau, Vitória e San Sebastián começam por recordar as vítimas da violência, em particular os que morreram em atentados que continuam sem punição. Os bispos alertaram para a persistência de “ideologias totalitárias e idolátricas” que alimentam o terrorismo, apelando a uma “reconstrução moral”. “A desejada dissolução da ETA oferece novas possibilidades para a normalização, que deveriam ser aproveitadas por todos”, pode lê-se na nota.

A organização separatista basca vai anunciar a dissolução a 5 de maio, durante uma cerimónia marcada para Bayonne, no País Basco francês, disseram à agência noticiosa espanhola EFE fontes próximas do processo.

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