A um desportivo pede-se praticamente de tudo um pouco. Exige-se que seja potente e leve, que surpreenda pela eficácia em curva e impressione na travagem. E que seja ainda tão veloz quanto rápido. Mas há um pormenor que não pode ser descurado e que se prende com o ruído, ou seja, a forma como o motor ‘grita’ quando é puxado a fundo, característica que delicia não só quem vai ao volante, como também quem o vê passar.

A McLaren produz uns desportivos do outro mundo, sempre animados por diferentes versões do seu V8 sobrealimentado, motor que fornece entre 540 e 800 cv. No 570S, que como a designação indica possui 570 cv, o V8 pode não ter a sua versão mais exuberante, mas foi exactamente esta que a marca britânica resolveu aprimorar através da sua divisão MSO, os especialistas em transformar cada modelo segundo a vontade do seu cliente. E como a música, se não é tudo, é efectivamente determinante para quem gosta de desportivos, a McLaren equipou a ‘orquestra sinfónica’ que está montada ao centro do carro, logo atrás dos dois assentos da “plateia”, com um escape muito especial, integralmente produzido em titânio, material muito resistente e muito leve, que eleva o cantar do V8 ao nível de um Pavarotti.

Emitindo um ronco delicioso, ainda que apenas 5 decibéis mais acima do que a versão standard, o escape em titânio, dos colectores às duplas saídas, permite reduzir em reduzir em 4,8 kg o peso, quando comparado com a versão normal em aço. O aspecto exterior das ponteiras pode ser em negro mate ou em cor de titânio, com umas gravações em forma de diamante, o que, para além de ser lindo, torna evidente o material em que é produzida a peça que conduz até ao exterior a mistura ar/gasolina, depois de ser queimada em doses massivas pelo V8 turbo.

Como normalmente acontece com tudo o que é bom, o escape em titânio eleva um pouco mais o já de si elevado custo do desportivo, mas os 5.500€ dificilmente assustarão os potenciais compradores. Estes, contudo, terão de ter cuidado quando arrumam de traseira contra o passeio, pois cada excesso de optimismo a avaliar a distância obriga ao investimento em mais um escape, já que o titânio não gosta tanto de ser maltratado quanto o aço.

[jwplatform mfdgKd0l]

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR