Uma centena de manifestantes reuniu-se esta quinta-feira ao final da tarde no Largo Camões, em Lisboa, apelando ao cessar da violência na Síria e criticando a série de ataques com mísseis que os Estados Unidos, a França e o Reino Unido desencadearam na semana passada contra três alvos associados à produção e armazenamento de armas químicas na Síria.

O protesto “Pela Paz! Fim à agressão à Síria!” foi subscrito por várias organizações, entre as quais a a CGTP, o Conselho Português para a Paz e Cooperação, e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente.

Horas antes, na página de Internet da Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa era publicada uma mensagem destinada aos cidadãos norte-americanos na que estivessem na cidade, alertando para a realização do protesto e deixando uma série de recomendações. Desde logo, a Embaixada recomendava “evitar” o Largo Camões, mantendo, mesmo evitando-o, “precaução” nas redondezas, pois os protestos poderiam “não estar limitados” aquele local.

Para se manterem informados sobre o protesto, os cidadãos americanos deveriam manter-se “atentos aos media locais”. Mais, alertava a Embaixada americana: seria necessário manter a “discrição” e “alertar amigos e família” sobre a segurança dos próprios caso se dirigissem às imediações do Camões, em pleno Chiado.

Os ataques da semana passada aconteceram em resposta a um alegado ataque químico do regime de Bashar al-Assad que terá acontecido na primeira semana de abril, na cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, provocando mais de 40 mortos.

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